Eczema: Quantos somos em Portugal?

by - abril 04, 2017

O nosso primeiro pensamento quando nos deparamos com um determinado problema é, normalmente, que estamos sozinhos. Não importa se temos o apoio da nossa família e dos nossos amigos, existem decisões que só nós podemos tomar e situações em que ninguém nos pode ajudar...exceto aqueles que estão a passar pelo mesmo que nós.

Nunca parei para pensar se haviam outras pessoas a sofrer de Eczema Atópico (E.A.) no nosso país, ou no mundo. Não me recordei que essas pessoas poderiam ter bons conselhos para me dar, mais úteis do que as vãs tentativas de todos aqueles que convivem com este problema, mas não vivem com ele. Também não me ocorreu que por vezes o desabafo e a troca de conselhos é suficiente para nos sentirmos um pouco melhor.

Foi no final do ano de 2015, quando iniciei a minha jornada da felicidade da pele que tive curiosidade em saber esta informação. Queria saber quantas pessoas poderia ajudar se partilhasse a minha história e tudo o que aprendi ao longo destes anos. Em primeiro lugar, surgiu o choque. Segundo a World Allergy Organization o eczema atópico é uma das doenças de pele mais comum do mundo, tendo uma prevalência de 2-5% na população mundial, sendo que nas crianças e nos jovens adultos essa percentagem pode atingir os 10%. Infelizmente, tendo em consideração as alterações climáticas, esses números têm tendência a piorar.

Quando tentei averiguar os números em Portugal, a tarefa tornou-se mais complexa. Considerando que o E.A. não é uma doença contagiosa não existe obrigatoriedade do seu registo, logo não existe uma base de dados que nos dê essa informação. Nesse sentido só nos resta fazer estimativas através dos poucos estudos realizados nessa área. Com base no estudo mais recente que 
encontrei da Revista Portuguesa de Imunoalergologia e nos dados do INE da população portuguesa de 2011 efetuei uma estimativa do número de pessoas afetadas por esta doença no nosso País. Para o efeito considerei a maior percentagem de pessoas afetadas, não deixando de poder contabilizar também os pais das crianças e os cônjuges dos adultos, que também são severamente afetados pela doença.


O resultado está à vista: 1,5 milhões de pessoas afetadas pelo E.A. em Portugal. Dificilmente esse número servirá de consolo para alguém que sofre diariamente com esta doença, mas parece-me importante sentirmos que existem mais pessoas a quem podemos recorrer e que nos podem ajudar a ultrapassar os dias menos bons.

Nesse sentido gostaria muito de ouvir os vossos relatos e opiniões sobre este assunto, bem como perceber se tinham conhecimento dos números apresentados. Convido-vos ainda a acompanharem o meu blog caso tenham interesse, uma vez que pretendo abordar de forma mais específica este assunto no futuro e oferecer algumas dicas que considero muito importantes para quem pretende ter uma pele mais feliz!

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